Inteligência Artificial

A busca por inteligência artificial remonta à Antiguidade, quando mitos e histórias falavam de seres artificiais dotados de inteligência ou consciência. Filósofos como Platão e Aristóteles especulavam sobre a possibilidade de máquinas pensantes. No entanto, foi no século XX que a ideia se concretizou. Em 1956, o termo "inteligência artificial" foi cunhado por John McCarthy e colegas durante o Workshop de Verão de Pesquisa sobre Inteligência Artificial na Dartmouth College, considerado o marco inicial da área . Esse evento reuniu pioneiros como Marvin Minsky, Nathaniel Rochester e Claude Shannon, estabelecendo as bases para o desenvolvimento de máquinas capazes de simular processos cognitivos humanos.

Fotografia em preto e branco de John McCarthy e Marvin Minsky em conferência, década de 1950.

Fotografia em preto e branco de John McCarthy e Marvin Minsky em conferência, década de 1950.


Nas décadas seguintes, a IA passou por altos e baixos. Nos anos 1970, o entusiasmo inicial deu lugar ao "inverno da IA", um período de estagnação devido à falta de resultados concretos e ao alto custo das pesquisas. Contudo, nos anos 1980, o ressurgimento veio com os sistemas especialistas, programas projetados para resolver problemas complexos em áreas específicas. A década de 1990 trouxe avanços com redes neurais artificiais e algoritmos de aprendizado de máquina, mas foi no início do século XXI que a IA ganhou novo impulso, impulsionada pelo aumento do poder computacional e pela disponibilidade de grandes volumes de dados.

Diagrama de uma rede neural simples, representando os experimentos dos anos 1990, que ajudaram a revitalizar a IA.

Diagrama de uma rede neural simples, representando os experimentos dos anos 1990, que ajudaram a revitalizar a IA.


Atualmente, a IA permeia diversos aspectos da sociedade. Em 2025, 78% das organizações utilizam IA em pelo menos uma função de negócios, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Empresas como a Volkswagen estão investindo bilhões de euros em IA para aprimorar o desenvolvimento de veículos e processos industriais. Além disso, iniciativas governamentais, como a nomeação de "ministros" virtuais baseados em IA na Albânia, ilustram a crescente confiança em sistemas autônomos para funções administrativas.

No entanto, o avanço da IA também levanta questões éticas e sociais. Especialistas alertam para os riscos de sistemas de IA superinteligentes que podem agir contra os interesses humanos. A necessidade de regulamentações e diretrizes éticas para o desenvolvimento e uso da IA é cada vez mais reconhecida, visando garantir que seus benefícios sejam amplamente distribuídos e seus riscos minimizados.


Referências
1. IBM. History of Artificial Intelligence. Disponível em: https://www.ibm.com/think/topics/history-of-artificial-intelligence.
2. Britannica. History of artificial intelligence - Alan Turing. Disponível em: https://www.britannica.com/science/history-of-artificial-intelligence.
3. Stanford HAI. The 2025 AI Index Report. Disponível em: https://hai.stanford.edu/ai-index/2025-ai-index-report.
4. Reuters. Volkswagen to invest up to a billion euros in AI by end of decade. Disponível em: https://www.reuters.com/business/autos-transportation/volkswagen-invest-up-billion-euros-ai-by-end-decade-2025-09-09/.
5. AP News. Albania's prime minister appoints an AI-generated 'minister' to tackle corruption. Disponível em: https://apnews.com/article/5e53c5d5973ff0e4c8f009ab3f78f369.